
20/06/2025 | IT4IoT
A indústria 4.0 global deve crescer a uma taxa anual composta de 20,6% até 2026, graças a tecnologias como dispositivos IoT, inteligência artificial e blockchain, de acordo com um levantamento da MarketsandMarkets Research, que prevê uma expansão de US$ 165,5 bilhões. Entretanto, a integração de cadeias logísticas e automação em várias indústrias na América Latina é limitada pelo acesso à internet de alta latência.
A falta de cobertura e a baixa velocidade das conexões de internet são barreiras para o crescimento de negócios de base tecnológica em muitas regiões do Brasil, prejudicando a industrialização e a competitividade no cenário global. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o país precisa de um investimento de US$ 20 bilhões para alcançar a penetração média de banda larga dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
"É muito comum no Brasil e em outros países no mundo registrarmos em áreas remotas, como de agricultura, conectividade precária para uso do celular. Você olha no seu telefone e aparentemente tem sinal, mas não consegue enviar e receber dados. Os agricultores que procuram usar a IoT para ajudar a otimizar seus rendimentos também são afetados por essa falta de conectividade. Este é o problema que nós queremos resolver em larga escala com o uso de satélites, levando cobertura para qualquer lugar do mundo", explica Steven Tompkins, diretor de Desenvolvimento de Mercado da Inmarsat, líder mundial em comunicação móvel.
Satélites para IoT no Brasil
O programa Inmarsat ELEVATE foi apresentado oficialmente no Brasil durante um evento nos dias 26 e 27 de outubro de 2022, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo. O programa tem como objetivo conversar com provedores de soluções IoT e demonstrar como ele pode ajudá-los a expandir seus negócios.
O programa Inmarsat ELEVATE oferece várias vantagens, incluindo acesso a especialistas em tecnologia avançada aplicada a diferentes setores. Grandes empresas podem se conectar com startups líderes em inovação, enquanto pequenas organizações terão mais oportunidades de negócios, com acesso a redes de financiamento e suporte para crescer. Através da conexão com o ecossistema ELEVATE, empresas de todos os estágios podem otimizar processos e aumentar a eficiência, integrando soluções que podem ser oferecidas aos clientes finais, segundo explicação de Tompkins.
O programa, que deve alcançar desenvolvimento pleno nos próximos cinco anos, tem investimento estimado em US$ 100 milhões. Os 175 satélites LEO irão ampliar especialmente o escopo de cobertura para corredores oceânicos de aviação.
Artigo de origem: Globo Rural